Louise Michel: nem extremismo, nem colaboração
A anarquista francesa Louise Michel (1830-1905) foi "homenageada" na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas o cenário e a função memorial da "homenagem", muito atreladas ao Estado francês, são uma afronta à trajetória da combativa figura histórica. Neste texto, Alexandre Samis e Antony Devalle analisam o acontecimento e criticam a apropriação feita durante o evento. Trata-se de uma análise que mostra como a utilização de uma estátua em suposta homenagem pode também servir para deturpar e/ou silenciar o legado da luta daquela que empunhou a bandeira negra.