Organização Socialista Libertária realizou Segunda Sessão do seu I Congresso

Nos dias 20 e 21 de janeiro deste ano, a Organização Socialista Libertária (OSL) realizou a segunda sessão de seu I Congresso. O evento, que teve lugar na cidade de São Paulo, reuniu delegações de núcleos oriundos de diferentes regiões do país para discutir os avanços da organização, cujas bases já foram lançadas em 08 e 09 de julho do ano passado.

A OSL é uma organização anarquista especifista que surgiu a partir da atuação de núcleos que já existiam em Minas Gerais (COMPA); Mato Grosso (Rusga Libertária); Rio de Janeiro (FARJ)  e São Paulo (OASL). Além disso, conta com a atuação de militância já em articulação  para criar núcleos em outros estados brasileiros, visando fundar uma organização de abrangência nacional.  

Na visão da OSL, o anarquismo se constitui como uma corrente político-ideológica que emerge no seio do socialismo a partir da segunda metade do século XIX, singularizando-se pelas suas características antiautoritárias e libertárias. Nesse sentido, almeja colocar em prática seu projeto revolucionário mobilizando diretamente o conjunto das classes exploradas e oprimidas – assalariados/as das cidades e dos campos, camponeses/as, povos tradicionais e marginalizados/as –  com vistas à criação de uma sociedade socialista, autogestionária e federalista. 

Para tanto, a OSL reivindica o dualismo organizacional, concepção que diferencia a atuação entre os níveis social (de massa) e político (de quadros). No nível social, defende que a militância anarquista deve estar presente nas lutas populares por reformas dentro de certos marcos estratégicos como caminho para a revolução. No nível político, advoga pela organização da militância anarquista como minoria ativa que expressa, articula e coordenada posições com base na unidade ideológica, estratégica e tática. 

A militância esclarece essa questão em seu manifesto de fundação:

Sustentamos uma prática política que culmine numa revolução social, abolindo a sociedade de classes, a propriedade (privada e nacional/estatal) dos meios econômicos, políticos e intelectuais/morais, o imperialismo, o racismo e o patriarcado. Após um período de transição – já sem capitalismo, Estado e suas instituições legitimadoras, defendemos que se estabeleça o socialismo ou comunismo libertário, nosso objetivo finalista, um modo ou sistema de poder que não se baseia na dominação. Será uma sociedade ecológica, pautada na igualdade, na liberdade e na democracia autogestionária/federalista. Uma sociedade marcada pela socialização da propriedade dos meios econômicos (de produção/distribuição), políticos (de administração e controle) e intelectuais-morais (de produção e difusão do conhecimento e das crenças); em que as decisões serão tomadas pelos/as próprios/as trabalhadores/as em seus conselhos e associações, proporcionalmente ao quanto forem afetados/as pelas decisões.

A última sessão do I Congresso tem previsão para ocorrer ainda este ano. É nela que se dará a conclusão do seu programa político. A organização já conta com militantes na cidade de Patos de Minas, que estão se articulando para a construção de um núcleo local. Caso você queira saber mais, é só entrar em contato por meio do seguinte endereço eletrônico: osl-br@riseup.net.

O Patos à Esquerda saúda essa iniciativa que vem somar na luta da esquerda anticapitalista, desejando à OSL toda força necessária para seguir firme e forte na batalha pela revolução social e o socialismo libertário.

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