Em 2018 muito se falou sobre resistência e sobre não soltar a mão de ninguém, slogans de muito mau gosto para quem se diz revolucionário. Veja, cansa-me resistir, sempre resistir. O que sei sobre aguentar é que em alguma hora a gente desiste e não podemos escolher sermos sacos de pancadas eternos do capitalismo e da burguesia. Se vamos tirar o fascistoide do poder neste ano, que seja tirando tudo aquilo que ele representa em sua forma mais tosca e que não aceitemos a versão limpa e educada (como sempre fazemos) disso. Digo a vocês, camaradas: não serei medida, em minhas ações e convicções, por réguas burguesas, neoliberais e capitalistas. Não se pode, em política, seguir as regras do inimigo, procurar ser respeitado(a) pelo inimigo etc. Na vida real, isso não existe, a menos que você já esteja vendido(a) para o outro lado.
O “partido dos militares” (chamarei assim o conglomerado de militares que contaminam hoje a máquina pública), está a todo vapor, fazendo suas alianças de permanência com partidos de centro e de esquerda, pois eles pretendem ficar por muito tempo no poder. Ao mesmo tempo, delineia-se a aliança esdrúxula de Lula e Alckmin, sendo óbvio que o líder petista não precisa de um “Picolé de Chuchu” para vencer. Não entrarei nesses méritos. Por hora, gostaria de lhes dizer, leitores e revolucionários da causa da classe trabalhadora:
Queremos tudo, queremos a revolução brasileira. “Amor” nada, a mudança só vai ocorrer pelo ódio da classe trabalhadora, ódio à classe burguesa e a todos os seus modos operantes, ódio a este mundo construído em pormenores sobre estes jugos. Este mundo não foi criado por nós e eu me nego a viver nele tal como se apresenta. Falamos em resistência, mas de vias de fato nunca houve resistência. Ficamos às voltas tentando não permitir sermos brutalizados, mas agora basta! Eu quero ação, não quero esperar o movimento do inimigo para depois ficar correndo atrás de reparar e curar feridos e chorar pelos nossos mortos. Cansa sermos gestores da miséria e da fome.
É hora de bater, bater e se mobilizar para exigir o que queremos, de criar o mundo que queremos. É hora de banir a inércia, ESTAMOS CANSADOS DE APANHAR! É HORA DE BATER, é hora de ir pra cima. Paremos com esta postura acovardada, como se nós fôssemos pequenos, porque não somos.
Os votos para este 2022 são de banir a inércia que assombra a classe trabalhadora. Mandar burguesia e seus conchavos para a lata de lixo da história. Que este ano o ódio ao capitalismo reine em nossos corações e que nós nos movimentemos neste jogo destruindo-o. Que não se permita aos camaradas ficar na retaguarda, esperando a bomba cair sobre suas cabeças para depois fazer curativos. Se é para lutar, que matemos primeiro. E se a morte vier, que seja na travessia desta luta.
Feliz 2022, camaradas! Avante!!